Enem: Nutricionista dá dicas sobre o que comer antes e durante a prova
Especialista ressalta que a alimentação está atrelada ao raciocínio e pode afetar o desempenho do estudante
O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) será realizado nos dias 5 e 12 de novembro. Por se tratar de um tempo de duração de provas extenso, especialistas da área da saúde alertam para que os estudantes se atentem à alimentação. A nutricionista e professora Bruna Ramos orienta que, para um melhor desempenho na avaliação, os participantes devem comer bem, antes do exame; como também levar um pequeno lanche para comer durante a realização do exame.
Segundo a especialista, ficar com fome, por exemplo, pode ser prejudicial para o raciocínio, para o corpo e até mesmo para o desempenho.
“Não é recomendável para o estudante prolongar a ausência de refeições por longos períodos, uma vez que isso pode influenciar de modo direto o pensamento e o desempenho cognitivo. O cérebro é um órgão que demanda uma quantidade substancial de energia para operar de forma eficaz, e a escassez de alimento pode prejudicar suas funções”, ressalta.
Ela explica que o principal ponto nesse contexto é a dificuldade de concentração. “Quando você está com fome, pode ser desafiador concentrar-se em tarefas complexas ou manter a atenção prolongada. Essa situação compromete a habilidade de pensar de maneira nítida e lógica, reduzindo também a capacidade de retenção de informações e provocando uma diminuição na velocidade do raciocínio. Além disso, a fome pode desencadear em irritabilidade e ansiedade, uma queda na energia, levando à fadiga e desânimo devido à diminuição dos níveis de glicose no sangue”, alerta.
A nutricionista listou algumas sugestões de alimentações para os momentos que antecedem a prova e, também, opções de lanches simples para que os estudantes levem para comer durante o exame. Confira:
Antes da prova
No jantar que antecede ao dia da prova, priorize fazer tudo mais cedo, a fim de que se tenha uma boa digestão e uma noite de sono tranquila. O ideal é que essa refeição seja leve para garantir o bem-estar no dia seguinte.
Priorize nutrientes como ferro, ácido fólico e vitaminas antioxidantes (A, C, E), pois elas possuem efeitos neuroprotetores e melhoram o desempenho intelectual. Exemplo: Arroz, feijão, leguminosas como ervilha, lentilha ou grão de bico). Vegetais verde-escuros como a couve, brócolis e espinafre são muito indicados, assim como a cenoura, tomate e abobrinha são boas opções de consumo.
Café da manhã
Lembre-se que as substâncias presentes no café podem causar efeitos colaterais, como a dor de cabeça. Pense sempre em alimentos que o ajudam a se manter mais concentrado e que mantenham o intestino em funcionamento regular. Exemplo: frutas e alimentos integrais como granola ou aveia e suco natural. Pão integral também é recomendável.
Almoço
Essa refeição também deve ser leve e é indicado que ela seja feita em casa, tanto para evitar comer coisas diferentes do costume, quanto para ter um momento pré-prova mais tranquilo. Exemplos carboidratos de baixo índice glicêmico, que levam mais tempo para serem digeridos e ajudam manter energia até a hora da prova, além de auxiliar na concentração e memória. Cenoura, brócolis, alface, tomate, batata doce e arroz integral são exemplos de alimentos a serem consumidos.
Durante a prova
É importante destacar que as regras do MEC exigem que os alimentos sejam colocados em um recipiente transparente e sem rótulo a fim de facilitar a fiscalização no local. O ideal, nesse caso, é priorizar os alimentos fáceis de levar e que não resultam em muita sujeira. Exemplos: frutas como maçã, banana, sanduíche natural e até mesmo biscoitos integrais, afinal eles farão a pessoa sentir saciedade.
Por fim, a docente da Faculdade Anhanguera recomenda a hidratação constante. “Tenha a sua garrafa de água em mãos, pois a água desempenha um papel crucial no transporte de nutrientes, minerais e oxigênio às células do organismo. Além disso, desempenha uma função vital para o cérebro, visto que a desidratação pode prejudicar de forma adversa a função cognitiva, incluindo a capacidade de concentração e raciocínio. Beber água suficiente ajuda a manter a clareza mental”, conclui.