PIX Saque e Troco entram em vigor a partir de 29 de novembro; veja 5 dicas para não cair em golpes
Pensando na segurança de quem usa o novo sistema, o especialista lista seis pontos de atenção para os usuários
De acordo com o Banco Central, no próximo dia 29 de novembro, o PIX Saque e o PIX Troco serão implementados. Anunciadas em maio, as duas funções possibilitarão que clientes façam saques em dinheiro em estabelecimentos comerciais. A opção de realizar pagamentos via PIX, já disponível, será mantida.
O PIX Saque permitirá que todos os clientes realizem saque em um dos pontos que ofertarem o serviço. Para ter acesso aos recursos em espécie, basta que o cliente faça um PIX para o agente de saque, em dinâmica similar a de um PIX normal, a partir da leitura de um QR Code mostrado ao cliente ou a partir do aplicativo do prestador do serviço.
No PIX Troco, a dinâmica é praticamente idêntica. A diferença é que o saque de recursos em espécie pode ser realizado durante o pagamento de uma compra ao estabelecimento. Nesse caso, o PIX é feito pelo valor total (compra + saque). No extrato do cliente, aparecerá o valor correspondente ao saque e ao valor da compra.
Nas duas modalidades, as transações serão limitadas a R$ 500 durante o dia e a R$ 100 entre as 20h e as 6h. No entanto, os ofertantes desses produtos poderão definir limites mais baixos, baseados no perfil do cliente, na localização, no horário da operação e nos critérios de segurança. Segundo o BC, a oferta dos dois novos serviços será opcional.
Não haverá cobrança para pessoas naturais (pessoas físicas e microempreendedores individuais) para até oito transações mensais. O comércio que oferecer as duas opções receberá, da instituição financeira do usuário sacador, de R$ 0,25 a R$ 0,95 por transação, dependendo da negociação com os bancos e as demais instituições.
Cuidados
O Pix caiu no gosto dos brasileiros. A estimativa é que a representatividade do sistema de transferências e pagamentos instantâneos do Banco Central já chega a 30% – número bem superior aos 7% registrados em novembro de 2020, quando foi lançado. Para se ter uma ideia, de novembro a junho, o montante em movimentações superou R$ 441 bilhões.
Mas como utilizar a ferramenta sem dores de cabeça? Segundo o especialista em segurança pública, Leonardo Sant’Anna, pelo menos cuidados são essenciais:
1- Utilize apenas o site e aplicativo do seu banco para fazer pagamentos, cadastrar seu Pix ou realizar qualquer transação, e evite clicar em links recebidos via SMS ou por e-mails.
“Esses links muitas vezes vêm acompanhados de sites falsos. Clicando nesse link está automaticamente muitas das informações que estão no seu celular, computador ou tablet. Elas passam a ser acessadas por quem deseja pegar esses dados para realizar uma fraude, como o número de cartão de crédito, CPF ou outros que sejam necessários para que alguém consiga retirar dinheiro de alguma conta bancária ou de qualquer outro espaço onde haja uma reserva financeira”, explica.
2- Não use wi-fi de locais públicos como: bares, shoppings, restaurantes para realizar transferências bancárias.
“Pode haver vírus que colocam em risco seus dados”, pontua Sant’Anna”.
3- Nunca passe sua senha para ninguém.
“A informação a ser compartilhada para a realização de uma transação é seu CPF, e-mail, chave aleatória ou número de telefone, conforme sua escolha na hora de cadastrar seu Pix no seu banco. Não passe senha caso alguém solicite. Provavelmente se trata de um golpe.”
4 – Cuidado com QR Codes falsos. O QR Code
“Apesar da facilidade, certifique-se de que o valor que consta no QR Code e o destino do dinheiro estão corretos antes de realizar pagamentos e transferências.
5 – Atenção aos pagamentos por campo de proximidade, o famoso NFC.
“Alguns terminais para esse tipo de transação podem ter sofrido alterações para roubar dados. Se notar algo suspeito, opte por outra forma de pagamento para garantir sua segurança.”