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Do Mais Brasília

Bebê de 7 meses raptada no DF por amiga da mãe é encontrada em Luziânia (GO)

Suspeita tem 26 anos, mora no mesmo terreno da mãe da bebê e estava com a criança na região do Jardim Ingá

Foto: PC

Polícia Civil do Distrito Federal localizou, nesta segunda-feira (12), a criança de 7 meses que havia sido raptada por uma amiga da mãe da bebê, na última sexta-feira (9). A suspeita tem 26 anos, mora no mesmo terreno da mãe da bebê e estava com a criança na região do Jardim Ingá, em Luziânia, no Entorno do Distrito Federal. A mulher foi detida e a criança passa bem.

Segundo a PM-GO, a suspeita pediu ajuda em uma casa, no Jardim Ingá e moradores a reconheceram como a sequestradora e acionaram um jornal da cidade. A equipe de reportagem foi ao local e acionou a polícia em seguida.

De acordo com a delegada Cláudia Alcântara, responsável pela investigação, a bebê está bem e todos os envolvidos devem prestar depoimento durante a tarde desta segunda-feira, na 33ª DP, em Santa Maria. A investigadora afirma que quer saber o motivo de a mulher ter levado a menina e por que não voltou e nem deu notícias à mãe.

Familiares da suspeita contaram para os policiais que, há cerca de um mês, ela perdeu um filho recém-nascido e essa situação pode tê-la influenciado. “Agora vou ouví-la para saber se ela vai ser presa ou responder ao inquérito em liberdade”, diz a delegada.

A pena para subtração de incapaz vai de 2 a 6 anos de reclusão, conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Bebê de 7 meses raptada por amiga da mãe

Camila Alves Santos, de 24 anos, é mãe da bebê raptada. Ela contou à polícia que, na sexta-feira (9), estava arrumando a casa, quando a amiga pediu para que ela a deixasse levar a criança até uma loja de celulares, em Novo Gama (GO). Por dividir o mesmo lote com amiga e confiar nela, Camila deixou. Porém, a mulher não retornou com a criança em casa.

“Ela só falou assim: ‘Vou buscar o celular lá no Gama e vou voltar rapidinho’. Quando deu meia, uma hora, quatro horas, cinco horas, ela não voltou”, contou Camila à TV Globo. “Agora meu coração finalmente desapertou, pois minha filha está viva. Foram três dias sem minha filha, mas o sofrimento acabou”, disse a mãe da bebê.

Uma câmera de segurança da loja de celulares registrou o momento em que a suspeita esteve no local com a menina. Na filmagem, a suspeita aparece de vestido roxo segurando a bebê no colo, enquanto conversa com funcionários da loja. Na sequência, ela acomoda a criança em um carrinho vermelho e anda em direção ao balcão da loja. No mesmo dia, ela visitou conhecidos e a apresentou como filha. Logo em seguida, fugiu.

O caso foi comunicado à polícia pela mãe da bebê no sábado (10). Registrado inicialmente como “desaparecimento”, o caso logo passou a ser tratado como “subtração de incapaz”, ou rapto, por conta das evidências. A amiga da mãe da bebê passou a ser procurada como suspeita.

A suspeita

A suspeita foi detida pela Polícia Militar de Goiás (PMGO) e será ouvida ainda nesta tarde, na 33ª Delegacia de Polícia, em Santa Maria, no DF. A família dela disse aos policiais que ela tem temperamento agressivo, é instável e costuma ameaçar os parentes. Segundo eles, a jovem tem reações explosivas por motivos banais e também seria usuária de entorpecentes.

A suspeita também teria envolvimento com o Primeiro Comando da Capital (PCC), a principal facção criminosa da América Latina. Segundo apurado pelo Metrópoles, a jovem foi um dos alvos de uma das maiores operações já deflagradas pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), a Operação Guardiã, que ocorreu em janeiro de 2020.

À época, foram cumpridos 14 mandados de prisão preventiva, 10 de busca e apreensão. Segundo os investigadores, a célula da organização criminosa era composta por pelo menos 30 integrantes e atuava praticando crimes como roubos e tráfico de drogas.

O grupo se dividia em núcleos específicos de atuação. Parte se dedicava às práticas criminosas, e a outra tentava estabelecer condições para o desenvolvimento e a consolidação do grupo na capital federal. Ao longo de um ano de investigação, foram identificados integrantes distribuídos estrategicamente em setores de atuação, com o auxílio de advogados, presidiários e criminosos egressos do sistema prisional, os quais praticam o tráfico de drogas e armas, roubos e ameaças a autoridades.

O Mais Goiás não conseguiu contato com a defesa da suspeita.

 

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