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Cazaquistão pretende ser ‘ponte’ para exportações brasileiras na China, Sul da Ásia e Rússia

Desde que assumiu o posto, o diplomata cazaque vem trabalhando para aumentar o volume de comércio e expandir a gama de produtos negociados entre os dois países

Relações Diplomáticas entre Brasil e Cazaquistão completaram, na última quinta-feira (14), 30 anos de uma cooperação mútua. Com o Brasil como principal parceiro comercial do Cazaquistão na América Latina, dar continuidade aos laços estabelecidos é, para o embaixador do Cazaquistão, Bolat Nussupov, fundamental:

“O Brasil é um parceiro-chave do Cazaquistão. Foi estabelecido uma forte comunicação e a cooperação econômica está evoluindo ativamente. Celebramos hoje o 30º aniversário das relações diplomáticas. Temos vários marcos nesse tempo, como os grupos de amizade Brasil-Cazaquistão no Congresso, a criação do Conselho Empresarial, a realização do Fórum Brasil-Cazaquistão e o estabelecimento de consulados honorários em São Paulo e Santa Catarina”, destacou embaixador do Cazaquistão Bolat Nussupov, durante evento promovido pela Embaixada do país, em Brasília.

A ocasião também marcou as comemorações da Data Nacional do Cazaquistão, que tornou-se independente da antiga União Soviética em 1991.

Desde que assumiu o posto, o diplomata cazaque vem trabalhando para aumentar o volume de comércio e expandir a gama de produtos negociados entre os dois países. No final do ano passado, o volume de negócios entre Brasil e Cazaquistão mais do que dobrou e atingiu 364,2 milhões de dólares.

De acordo com o diplomata, o Cazaquistão pretende ser visto como uma “ponte” para as exportações brasileiras, ligando os grandes mercados da China e do Sul da Ásia, além de Rússia e Europa Ocidental por rodovia e ferrovia.

Nesse sentido, o papel do corredor transnacional e do porto de Kuryk, no Mar Cáspio, é muito importante.

Além disso, o país está interessado em desenvolver a cooperação com o Brasil no setor de mineração, levando em conta o potencial existente e a experiência dos dois países. O Eurasian Resources Group, empresa da mineração cazaque, está implementando o projeto Bamin na Bahia, no valor de 2,6 bilhões de dólares.

Estavam presentes no evento, realizado na sede da embaixada, diversos membros do corpo diplomático acreditado em Brasília, autoridades brasileiras, jornalistas, empresários e amigos do Cazaquistão. O Ministério das Relações Exteriores foi representado pelo embaixador Eduardo Paes Saboia, Secretário de Ásia e Pacífico.

Em seu discurso, o embaixador Nussupov destacou ainda que o Cazaquistão tem crescido muito rapidamente durante o governo do presidente Kassym-Jomart Tokayev.

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