Covid-19: quase 200 crianças perderam pai e mãe durante pandemia no DF
Levantamento mostra que o coronavírus deixou 199 órfãos de até 6 anos de idade
Em meio a uma pandemia de Covid-19, que se estende há mais de um ano em todo o mundo, milhares de pessoas vêm sofrendo com a perda das vítimas que foram infectadas pela doença. Ao menos 199 crianças do DF, de até 6 anos de idade, ficaram órfãos de um dos pais em decorrência do novo coronavírus. Desse total, três perderam o pai ou a mãe antes do nascimento.
O levantamento obtido pelo Mais Brasília é da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), entidade que representa os Cartórios de Registro Civil do Brasil e administra o Portal da Transparência.
De acordo com a Arpen-Brasil, 25,6% das crianças de até 6 anos que perderam um dos pais na pandemia não tinham completado um ano. Já 18,2% tinham um ano de idade, 18,2% dois anos de idade, 14,5% três anos, 11,4% quatro anos, 7,8% tinham cinco anos e 2,5%, seis anos.
Os dados foram levantados com base no cruzamento entre os CPFs dos pais nos registros de nascimentos e de óbitos feitos nos 14 Cartórios de Registro Civil do DF desde 2015, ano em que as unidades passaram a emitir o documento diretamente nas certidões de nascimento das crianças recém-nascidas em todo o território.
Os estados de São Paulo, Goiás, Rio de Janeiro, Ceará e Paraná foram os estados que mais registraram óbitos de pais com filhos nesta faixa etária. No Brasil, entre 16 de março de 2020 e 24 de setembro deste ano, ao menos 12.211 crianças ficaram órfãs de um dos pais vítimas da Covid-19.