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Jovem ameaçado por coronel da PM em motel no DF fala pela primeira vez

Em entrevista ao Metrópoles, ele detalhou como foi a abordagem do oficial até o momento em que conseguiu sair do estabelecimento

O jovem ameaçado por um coronel da Polícia Militar do DF (PMDF) em um motel falou pela primeira vez sobre o ocorrido no último sábado, 9 de abril.

Em entrevista ao portal Metrópoles, o rapaz de 21 anos detalhou como foi a abordagem do oficial até o momento em que conseguiu sair do estabelecimento, localizado em Taguatinga Norte.

De acordo com o relato, o jovem seguia para casa quando foi abordado pelo PM. Na ocasião, ele falou que o militar perguntou para onde ele iria e onde ele morava. Sem dar o endereço o jovem afirmou que morava nas proximidades.

Ainda conforme a entrevista, o jovem disse que o coronel também questionou se ele usava pó (cocaína), o que também foi negado pelo rapaz.

Em seu relato ele afirmou que toda a conversa ocorreu em movimento. “Eu não parei, nem ele. Dava para ver que ele estava bêbado, mas eu aceitei a carona. Foi o meu pior erro”, contou ao Metrópoles.

Depois de entrar no carro, o jovem contou que ele e o militar deram várias voltas no comércio e o policial começou a falar que estava à procura de um homem que havia batido nele. O jovem relatou que, a esta altura, já tinha tentado sair do carro, mas o militar não permitia dizendo que ele iria junto à procura da suposta pessoa.

Em determinado momento, o jovem relatou que começou a mandar mensagens para um amigo, com a localização e gravando tudo o que o PM falava.

Ele ainda detalhou que o militar o obrigou a comprar pó e lança perfume e que após o uso, ambos seguiram para o motel. Na entrevista ao portal, o jovem relatou que, no motel, em um determinado momento, o PM foi para uma parte isolada do quarto e que, nessa hora, ele pegou a chave do carro, a chave do quarto e a arma.

“Desci, deixei tudo, deixei meu celular no quarto, minhas roupas, desci pelado, e tranquei ele no quarto. Entrei no carro e fui em direção à saída do motel. Eu já estava pedindo socorro, buzinando, com o pisca-alerta ligado. Só que ninguém abriu o portão. Eu fiquei muito tempo. Uma mulher apareceu, perguntou o número do quarto e não voltou mais. Percebi que ninguém iria me ajudar e que eu tinha que fazer alguma coisa. Foi aí que eu disparei contra o muro do motel”, afirmou ao portal.

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