Mulher golpeada com carrinho de compras diz que está com medo de andar na rua e pensa em mudar de cidade
Caso aconteceu em um supermercado de Santo Antônio do Descoberto, no Entorno do Distrito Federal
A mulher de 45 anos que foi atingida por um carrinho de compras em um supermercado na cidade de Santo Antônio do Descoberto, no Entorno do Distrito Federal, relatou que está com medo de andar na rua e ainda manifestou o desejo de mudar de cidade. A vítima, que optou por não se identificar, disse ainda que sente dores decorrentes da agressão. O agressor, Rogério Santos, de 36 anos, chegou a ir para delegacia, mas foi liberado após assinar um TCO (Termo Circunstanciado de Ocorrência).
“Estou pensando em mudar de cidade por medo dele. Minha vida nunca vai ser a mesma nessa cidade. Moro aqui desde que eu nasci, será que vou ter que sair?”, desabafou.
Ao G1, o agressor alegou que a mulher havia praticado bullying contra ele e o chamado de “gay“. A vítima negou a acusação e afirmou que sequer havia olhado para Rogério.
O incidente ocorreu no dia 16 deste mês, no Atacadão Dia a Dia de Santo Antônio do Descoberto. De acordo com as imagens de câmeras de segurança, os dois indivíduos estavam na fila do caixa de pagamento quando Rogério se afastou, levantou um carrinho de compras e o jogou na cabeça da mulher, que cai no chão.
A vítima relatou que, além da dor física, sua saúde emocional foi afetada pelo ocorrido. Ela destacou que a dor psicológica é significativa e que, em razão disso, precisou procurar ajuda profissional, recorrendo a um psiquiatra.
TCO
Rogério Santos foi liberado da delegacia após assinar um TCO, que é o registro de uma infração de crimes de menor relevância, com pena máxima de até dois anos de prisão ou pagamento de multa.
Segundo o delegado do caso, o relatório médico da vítima constatou lesões superficiais, que não configuraram tentativa de homicídio.
Em nota, o Ministério Público de Goiás (MP-GO) informou que, tendo em vista que o TCO já foi assinado pelo agressor, e audiência marcada para o dia 19 de junho deste ano, o MP vai analisar o caso nesta data. Segundo o ministério, o órgão vai acompanhar o caso.
*Com informações do G1