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Polícia indicia criminosos que mataram mulher na faixa de pedestres durante um racha

"Isso não foi um acidente, foi um crime", diz delegado responsável pelo caso

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) concluiu o inquérito a respeito de um atropelamento em uma faixa de pedestres que resultou na morte de uma mulher em julho deste ano, em Taguatinga, e indiciou dois homens pela prática de três crimes.

Segundo o delegado responsável pelo caso, Mauro Aguiar, da 17ª Delegacia de Polícia, foram indiciados Lucas Rodrigues de Abreu, 23 anos, e Alisson de Jesus Reis, 25 anos.

Eles vão responder por homicídio doloso, omissão de socorro da vítima e pela realização de racha em via pública. “Isso não foi um acidente, foi um crime. Os dois frequentavam a região, portanto, tinham plena consciência que a velocidade da via era de 50km/h e sabiam que havia uma faixa de pedestres no local”, disse o delegado. Se condenados, eles podem pegar até 30 anos de prisão.

De acordo com o laudo do Instituto de Criminalística da PCDF, no momento da batida, Lucas dirigia a uma velocidade de 119km/h e Alisson, 115km/h.
O delegado explicou que a dupla deve responder em liberdade. “Eles são primários”, afirmou. Agora, o caso segue para o Ministério Público e, posteriormente, para o Tribunal do Júri.

Relembre o caso

O atropelamento foi por volta de meia-noite e meia do dia 2 de julho deste ano, na EQNL 13/15, em Taguatinga. A vítima, Sheila Almeida de Jesus, 43 anos, atravessava a pista na faixa de pedestres, na companhia da família, quando foi atingida pelo carro do Lucas. Logo atrás, vinha o Alisson, também em alta velocidade.

Segundo o delegado, os dois estavam fazendo racha e, em nenhum momento, tentaram diminuir a velocidade. “Para piorar, eles não prestaram socorro e fugiram do local”, acrescentou Mauro. Sheila foi arremessada a uma distância de aproximadamente 40 metros e morreu na hora.

Investigações

Horas após a batida, a polícia localizou o carro do Lucas estacionado em um prédio residencial, próximo ao local do atropelamento. O veículo estava com a parte da frente destruída.

Os agentes também conseguiram imagens de câmeras de segurança que mostram o momento exato em que Sheila foi atingida. “Ele deixou o carro na casa da mãe e, 15 minutos depois, saiu para se esconder na casa de um amigo”, contou o delegado.

Ao todo, 20 testemunhas foram ouvidas. “Elas ajudaram a confirmar que os indiciados, antes do atropelamento, estavam em um bar ingerindo bebida alcoólica”, completou.

 

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