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Policiais civis deflagram operação PCDF Legal e suspensão do SVG será mantida em março

A deliberação veio em assembleia geral na tarde desta segunda-feira (31/1)

Policiais civis do Distrito Federal decidiram intensificar a mobilização da categoria e vão deflagrar, a partir desta terça (1º/2), a operação “PCDF Legal”. A suspensão do Serviço Voluntário Gratificado (SVG), que já havia sido deliberada para fevereiro, será mantida durante todo o mês de março também.

Na prática, isso significa que, além de o atendimento nas delegacias ser prejudicado (uma vez que é o SVG que as mantêm funcionando por 24 horas), durante a operação “PCDF Legal” os servidores não desenvolverão nenhuma atividade que fuja às atribuições de cada cargo.

De acordo com Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal, os servidores deverão adotar, ainda, uma conduta que assegure a segurança pessoal e da equipe durante o trabalho.

Isto significa que só executarão ações de diligência, prisões e apreensões caso exista um número mínimo de policiais civis que a atividade exige.

“Não podemos mais continuar dando “jeitinho” para resolver problemas da Administração enquanto estamos correndo risco. O policial civil não pode mais ficar sozinho na delegacia ou cumprir mandados sem as equipes completas”, explica o presidente do Sinpol-DF, Alex Galvão.

A categoria reivindica uma proposta de recomposição salarial, a regulamentação da assistência à saúde, o pagamento da complementação do auxílio-alimentação e a implementação do auxílio-uniforme.

A deliberação veio em assembleia geral da categoria na tarde desta segunda (31/1), convocada pelo Sindicato dos Policiais Civis do DF (Sinpol-DF). A suspensão do SVG em fevereiro já havia sido deliberada em uma assembleia anterior, no início do mês.

No caso da paralisação do serviço voluntário em março, contudo, a decisão pode ser revista ou ratificada em uma nova assembleia, já convocada pelo Sinpol-DF para 15 de fevereiro.

Segundo o sindicato, essa e outras medidas poderão intensificar o movimento a depender de como o governador Ibaneis Rocha (MDB) conduza as negociações com a categoria.

“Estamos com abertura para o diálogo e as negociações estão intensas com o governo. Mas, enquanto categoria, não deixaremos de fazer a nossa parte que é cobrar os direitos dos policiais civis; não há vitória sem luta”, acrescenta Galvão.

Investigações prejudicadas

Para a categoria, a dificuldade da população em conseguir atendimento nas delegacias e ter as suas demandas solucionadas não será, porém, o único efeito da paralisação do serviço voluntário. As investigações de crimes diversos e de complexidade estarão praticamente paradas em fevereiro.

Isso porque a administração da PCDF emitiu, recentemente, um documento que ordena a deslocação de policiais civis das delegacias especializadas (DPE) para cobrir plantão nas unidades circunscricionais.

Essa foi a maneira paliativa que a corporação encontrou para que as delegacias continuem a funcionar 24 horas, uma vez que várias unidades poderiam ser fechadas em razão do déficit de servidores que a PCDF enfrenta (aproximadamente 60%) e pela paralisação do SVG.

“Nesse período, as delegacias continuarão funcionando, mas não atenderão, com eficiência, às demandas do cidadão. Investigações importantes serão paralisadas. Mascarar a falta de servidores só causará prejuízos à Segurança Pública”, afirmou Galvão.

E completou: “A mobilização da categoria visa expor à população do DF as dificuldades que a Polícia Civil vem enfrentando. Mesmo diante da falta de reconhecimento e valorização, os policiais civis mantêm um dos maiores índices na solução de crimes do país”.

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