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Walmart é condenado por atrasar processo trabalhista dizendo que não conseguia entrar no Zoom

Segundo o processo, na 13ª Vara do Trabalho de Brasília, a empresa foi chamada para uma audiência telepresencial em julho de 2020, mas disse que não tinha a tecnologia necessária para participar

A antiga rede de supermercados Walmart foi condenada por agir de má-fé porque atrasou em um ano o julgamento de uma ação movida por uma ex-funcionária.

Segundo o processo, na 13ª Vara do Trabalho de Brasília, a empresa foi chamada para uma audiência telepresencial em julho de 2020, mas disse que não tinha a tecnologia necessária para participar.

Afirmou, ainda, que precisaria de uma sessão presencial para apresentar testemunhas. Teve o pedido acatado, e o julgamento foi temporariamente suspenso.

Mas o juiz Marcos Ulhoa Dani disse que as justificativas eram movimentos para protelar o fim do caso “sem qualquer motivo real, verdadeiro e concreto”, de acordo com o processo.

Primeiro, ele confirmou que o Walmart tinha condições de comparecer à audiência virtual, porque já havia participado de outras no mesmo formato. E no julgamento, marcado para junho, a empresa não levou novas evidências e dispensou os depoimentos.

Além das despesas com advogados, o Walmart deve pagar multa de quase R$ 7.000 para a ex-funcionária. Não cabe recurso.

Procurado pela reportagem, o Walmart diz que “o processo transcorreu normalmente e encaminha-se para o seu final, com o devido cumprimento da decisão pelo grupo”.​

A operação brasileira do Walmart foi vendida em 2018 e as lojas absorveram novos nomes do Grupo Big.

Por JOANA CUNHA

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