Escolas do DF visitam exposição de arte urbana na Biblioteca Nacional
A exposição reúne 35 peças do talentoso artista multimídia Rivas Alves
Vinte e um estudantes provenientes do Centro de Ensino Fundamental (CEF) 312 de Samambaia tiveram a oportunidade de explorar a exposição “Grafitti Rivas Vida Hip-Hop” na Biblioteca Nacional de Brasília nesta terça-feira (29). Durante a visita, a turma foi imersa na rica história do movimento cultural por meio de murais artísticos, imagens marcantes e roupas estilizadas. Além disso, os alunos também participaram de uma oficina de composição musical e rap. Outras cinco escolas estão programadas para participar dessa iniciativa, sendo o próximo destino o CEF 18 de Ceilândia.
Com recursos do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec-DF), a exposição reúne 35 peças do talentoso artista multimídia Rivas Alves, juntamente com fotografias e documentos emblemáticos que marcaram o movimento no Distrito Federal. A exposição estará disponível até o dia 12 de outubro, localizada no 2° andar da biblioteca.
Para Rivas, o fato de levar estudantes ao coração da capital federal para apreciar suas obras destaca a relevância do movimento, que completou seu 50º aniversário em 11 de agosto passado. Com uma trajetória de mais de quatro décadas, Rivas é conhecido por seu trabalho como grafiteiro, rapper, b-boy (como são chamados os dançarinos de break) e produtor cultural.
“O hip-hop carrega uma linguagem que nasce nas periferias. No entanto, quando trazemos essa arte para o Plano Piloto, por exemplo, e a apresentamos em uma biblioteca nacional, os jovens podem perceber que essa arte de rua, que está presente nos muros próximos de suas casas, também pode encontrar um lar dentro de uma galeria”, destaca. “O aspecto mais importante é que cada jovem que visite este espaço se sinta inspirado e compreenda que suas aspirações podem ir além”, acrescenta o artista.
Um dos alunos presentes, Dereck Patrício Ribeiro, com 13 anos, expressou como a exposição expandiu seus horizontes. Aluno do 7º ano do CEF 312 de Samambaia, ele revelou seus planos de recriar as obras de arte em casa. “Tenho um amor pelo grafite e passo bastante tempo desenhando em meu caderno – está todo cheio de rabiscos. Já disse ao meu amigo que vou tentar fazer um quadro desses em casa e pendurá-lo na parede do meu quarto”, compartilha entusiasmado.
Maria Eduarda Ferreira, 12 anos, também colega de Dereck, aproveitou a experiência na biblioteca: “Foi uma experiência muito enriquecedora. Gosto muito de apreciar obras de arte. Achei os quadros muito bonitos para tirar fotos e também aprendi mais sobre o hip-hop”.
Além da visita à exposição, o CEF 312 de Samambaia também participou do projeto “Encontro de Arte Urbana nas Escolas”, uma iniciativa financiada pelo FAC. Essa atividade proporcionou oficinas de rap, grafite e break aos alunos durante a semana passada. O professor de artes da escola, Bruce Pereira, comenta: “Os alunos ficaram incrivelmente entusiasmados, participaram de várias oficinas e tiveram a chance de se familiarizar com a cultura. Espero que eles levem essa experiência adiante, com a compreensão de que o hip-hop é algo grandioso”.
A diretora da Biblioteca Nacional de Brasília, Marmenha Rosário, destaca a importância de não perder a oportunidade de conhecer mais sobre a cultura urbana. “É um grande privilégio para nós recebermos uma forma de arte que nasceu nas ruas, aqui dentro deste espaço tão prestigioso. Convidamos toda a comunidade a prestigiar a exposição. Estamos abertos de segunda a sexta-feira, das 8h às 20h, e aos fins de semana, das 8h às 14h”, convida.
Serviço
Exposição Grafitti Rivas Hip Hop
– Data: até 12 de outubro
– Local: Biblioteca Nacional de Brasília
– Horários: de segunda a sexta-feira, das 9h às 20h; sábado das 9h às 14h
– Classificação livre.
(As informações são da Agência Brasília)