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‘Sob Pressão’ rebaixa Covid a coadjuvante e foca saúde geral e vida pessoal

Serão muitos doentes e poucos recursos, mas, nessa nova etapa, a esperança, também sempre presente, deve vir com dose extra

“Sob Pressão” (Globo) retorna para sua quarta temporada nesta quinta-feira (12/8) trazendo de volta toda a tensão que os fãs da série já conhecem. Serão muitos doentes e poucos recursos, mas, nessa nova etapa, a esperança, também sempre presente, deve vir com dose extra.

Pelo menos é o que promete o autor da série, Lucas Paraizo. “Quando a gente criou essa temporada, queríamos que a esperança fosse o motor principal. Esperança em relação à saúde, em relação à vida e em relação à saúde no país”, afirmou ele, em conversa com a imprensa.

Isso não quer dizer que os perrengues que Evandro (Julio Andrade) e Carolina (Marjorie Estiano) costumam enfrentar diariamente vão sumir, muito pelo contrário. A produção promete manter-se fiel aos problemas da saúde pública brasileira, além de trazer à tona assuntos polêmicos e indigestos.

“Infelizmente nossas reuniões de pauta são baseadas no noticiário. Trazemos coisas que aconteceram e voltam a acontecer”, afirma Paraizo, referindo-se a assuntos como racismo e feminicídio, que devem voltar a ser debatidos, ao lado de temáticas novas, como o HIV na terceira idade, por exemplo.

Pesquisas da equipe mostraram que a doença cresceu 600% nessa faixa etária, o que levou a abordá-la. A expectativa é que o debate transborde além da série, como aconteceu com o transplante de órgãos após episódio da primeira temporada. A doação de sangue também aparecerá com essa intenção.

Todos esses assuntos virão à tona em meio à pandemia. O foco não estará na Covid, agora rebaixada a coadjuvante. A equipe deixou o hospital de campanha do especial “Sob Pressão – Plantão Covid”, que foi ao ar no ano passado, e agora está em uma unidade de referência do Rio, focada na saúde em geral.

Para o diretor Andrucha Waddington, esse novo foco é importante, já que “emergências clínicas eletivas de certa forma ficaram apagadas no ano passado”. “O número é enorme de pessoas que pararam de se cuidar, com câncer, úlcera, enfisema…”, continua a atriz Drica Moraes, que volta a dar vida a Vera.

O destaque da temporada, no entanto, deve ficar para o segundo pilar da série, que desde o início se sustenta na saúde público e na vida pessoal de seus personagens, em especial Evandro e Carolina. Após superarem a quase morte de Evandro no especial do ano passado, terão que superar um filho.

O pequeno Francisco, que já aparece nas chamadas promocionais da série, é filho de Evandro e Diana (Ana Flavia Cavalcanti), personagem que apareceu em episódios da terceira temporada. Segundo Estiano, essa situação desencadeará novos conflitos em Carolina, agora voltados a sua escolha de vida.

“Ela já teve alguns conflitos de maior impacto quando lidava com a sombra do abuso sexual e dos cortes. Nesse momento, a questão maternidade é o conflito dela, a compreensão do lugar que ela ocupa. Tem uma textura diferente. A dificuldade é mais na compreensão, no desejo, afeto, no racional.”

Os atores fogem de spoilers, mas afirmam que o casal protagonista tem tudo para superar essa crise. “O que me impressiona é a maturidade desse casal para resolver as coisas”, afirma Julio Andrade. “Eu aprendo muito com eles. E a química… não sei o que acontece, mas acho que a gente tem química.”

Estiano concorda com o colega, com quem tem grande amizade, e completa: “Tem algo a mais [na química dos personagens], não é juntar isso e isso para dar dá certo. Tem mais profundidade. Nossa relação quanto ator, como é escrito, dirigido, acho que é um conjunto. Faz com que esse casal exista.”

Casal que deve continuar existindo, já que a quinta temporada já foi confirmada, antes mesmo da estreia da quarta. Inicialmente, prevista para a plataforma Globoplay.

A COVID ESTÁ ON Apesar de não ser a protagonista da temporada, a Covid é um elemento importante sim, já que as gravações aconteceram dentro de todo protocolo imposto para evitar contaminações. “Acho que muita gente teve o susto de entrar num set, encontrando muita gente, foi coletivo”, afirma Drica Moraes.

“Mas me senti muito protegida”, garante. “A ponto de me sentir mais segurança no trabalho do que em casa. Quando entrava no elevador do prédio ficava mais preocupada. A temporada não teve baixas, mas aconteceu com muita paranoia, com os piores pesadelos envolvendo a pandemia e esse desgoverno.”

Marjorie Estiano conta que também houve mudanças na forma de gravar as cenas por causa da pandemia. “Nessas circunstâncias a gente filmava cenas aleatórias, o que era possível”, afirma ela. Bastava um teste inconclusivo ou mesmo atrasado para que mudasse tudo, atores e produção, conta.

E mesmo nas temáticas abordadas a pandemia aparecerá de outra forma. Além de doenças e violências, a fome, uma das principais consequências da pandemia, aparecerá logo no primeiro episódio da temporada. “Um tema muito forte”, avalia Paraizo, que garante discussões também sobre saúde mental.

Família na tela

O grande alento do elenco nessa temporada foi, curiosamente, o pivô da maior reviravolta da história: o pequeno Francisco. Interpretado por dois irmãos gêmeos, o bebê de apenas um ano trouxe ritmo diferente e alegria extra aos bastidores. “Ter uma criança no set deixa tudo diferente”, diz Julio Andrade.

Para o ator, não foi só a presença do pequeno ator que acrescentou à série. “Essa temporada é muito especial para mim, que traz um assunto muito importante. A família que a gente não escolhe, a família que nos escolhe. Foi uma temporada muito incrível, principalmente depois da quase morte por Covid.”

Justamente essa quase morte de Evandro especial do ano passado deverá trazer uma nova versão do personagem, que será completada pela paternidade. “Ele ficou mais calmo, com mais atenção à vida pessoal”, avalia o ator. “Mas o desenho do personagem continua o mesmo”, acrescenta ele rapidamente.

A família também vai nortear as tramas de outros personagens. Vera terá uma situação delicada com o filho, que chega agora à história trazendo à trama a discussão sobre uso de drogas. “A história do filho como protagonista da vida da mãe é muito da minha história, da Drica, não apenas da Vera”, conta atriz.

Outros personagens também deverão mostrar histórias além da profissional, como Mauro (David Jr.), novidade no elenco regular, Charles (Pablo Sanábio), agora chefe da emergência, e Décio (Bruno Garcia), que se assumiu gay na temporada passada. “Vai ter casal novo para todos torcerem”, garante Garcia.

Por Fernanda Pereira Neves

 

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