Notice: Function amp_is_available was called incorrectly. `amp_is_available()` (or `amp_is_request()`, formerly `is_amp_endpoint()`) was called too early and so it will not work properly. WordPress is not currently doing any hook. Calling this function before the `wp` action means it will not have access to `WP_Query` and the queried object to determine if it is an AMP response, thus neither the `amp_skip_post()` filter nor the AMP enabled toggle will be considered. It appears the theme with slug `maisbrasilia` is responsible; please contact the author. Please see Debugging in WordPress for more information. (This message was added in version 2.0.0.) in /var/www/html/wp-includes/functions.php on line 6031 IPCA cai em agosto, e inflação em 12 meses fica abaixo de 10% – Mais BrasíliaIPCA cai em agosto, e inflação em 12 meses fica abaixo de 10% – Mais Brasília

IPCA cai em agosto, e inflação em 12 meses fica abaixo de 10%

Puxado pela gasolina, índice teve deflação de 0,36% no mês passado, diz IBGE

Com a redução dos preços concentrada em combustíveis, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) registrou deflação (queda) de 0,36% em agosto, informou nesta sexta-feira (9/9) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

É o segundo recuo consecutivo do índice oficial de inflação do país. A baixa havia sido mais intensa em julho, de 0,68%. Analistas projetavam queda de 0,40% em agosto, conforme a agência Bloomberg.

Com nova a trégua, o IPCA voltou a um dígito no acumulado de 12 meses. A alta atingiu 8,73% até agosto, após 10,07% até julho.

O acumulado estava acima de 10% desde setembro de 2021. Ou seja, nos 11 meses anteriores de divulgação –ou quase um ano.

Uma sequência tão longa não ocorria desde o intervalo de 2002 a 2003. À época, o índice permaneceu acima de 10% por 13 meses consecutivos, de novembro de 2002 a novembro de 2003.

Mesmo com a perda de força, o IPCA caminha para estourar a meta de inflação perseguida pelo BC (Banco Central) pelo segundo ano consecutivo. Em 2022, o centro da medida de referência é de 3,50%, com teto de 5%.

A carestia às vésperas das eleições pressiona o governo Jair Bolsonaro (PL), que teme os efeitos da perda do poder de compra dos brasileiros. Para tentar reduzir os danos, o governo aposta no corte de tributos.

Bolsonaro sancionou em 23 de junho a lei que definiu o teto para cobrança de ICMS (imposto estadual) sobre combustíveis, energia, transporte e telecomunicações.

Um dos reflexos foi a queda dos preços da gasolina, o subitem com maior peso na composição do IPCA. A Petrobras também passou a cortar os valores dos combustíveis nas refinarias com o alívio das cotações do petróleo no mercado internacional.

Gasolina puxa deflação

Assim como já havia ocorrido em julho, o resultado do IPCA de agosto foi influenciado principalmente pela queda no grupo de transportes. Os preços desse segmento recuaram 3,37% e contribuíram com -0,72 ponto percentual no índice do mês.

A queda de transportes veio com a retração dos combustíveis (-10,82%). Em agosto, os quatro pesquisados tiveram deflação: gás veicular (-2,12%), óleo diesel (-3,76%), etanol (-8,67%) e gasolina (-11,64%).

A gasolina, sozinha, teve impacto de -0,67 ponto percentual no IPCA. Foi a principal contribuição individual para a deflação.

“Isso mostra o tamanho da distorção que a gasolina tem feito no índice como um todo, não fosse a gasolina, estaríamos vendo altas no indicador”, avaliou André Perfeito, economista-chefe da Necton Investimentos, em relatório.

O grupo comunicação (-1,10%) também recuou, com impacto de -0,06 ponto percentual. A variação decorreu especialmente da baixa dos planos de telefonia fixa (-6,71%) e telefonia móvel (-2,67%).

Essa trégua pode estar associada ao teto de ICMS, indicou Pedro Kislanov, gerente da pesquisa do IPCA, em entrevista a jornalistas.

Saúde, roupas e comida em alta

Os outros sete grupos pesquisados pelo IBGE, por outro lado, subiram em agosto. O destaque partiu de saúde e cuidados pessoais (1,31%), com contribuição de 0,17 ponto percentual.

O resultado do grupo veio no embalo da carestia de higiene pessoal (2,71%) e plano de saúde (1,13%). Produtos de higiene pessoal são impactados pelo aumento de custos com a carestia de insumos, sinalizou Kislanov.

A maior variação positiva entre os grupos foi de vestuário: 1,69%. Roupas femininas (1,92%), masculinas (1,84%) e calçados e acessórios (1,77%) foram as principais influências.

O grupo de alimentação e bebidas até desacelerou, mas continuou em alta. O avanço foi de 0,24% em agosto, após 1,30% em julho.

Produtos importantes na mesa das famílias registraram inflação, como frango em pedaços (2,87%), queijo (2,58%) e frutas (1,35%). Houve quedas, por outro lado, nos preços do tomate (-11,25%), da batata-inglesa (-10,07%) e do óleo de soja (-5,56%).

O IBGE ainda destacou a baixa de 1,78% no leite longa vida. O resultado ajudou a alimentação no domicílio a ficar perto da estabilidade (0,01%) em agosto.

“Nos últimos meses, os preços do leite subiram muito. Como estamos chegando ao fim do período de entressafra, que deve seguir até setembro ou outubro, isso pode melhorar a situação. Mas, no mês anterior, a alta do leite foi de 25,46%”, ponderou Kislanov.

De acordo com ele, embora tenham recuado em agosto, os dados indicam que os preços do produto seguem altos.

Em 12 meses, o grupo alimentação e bebidas acumulou inflação de 13,43%. A variação só é inferior à alta de vestuário, que chegou a 17,44% em agosto.

Os transportes registram avanço de 7,62%, mesmo com o recente alívio dos combustíveis. Comunicação é o grupo com a menor alta em 12 meses: 2,26%.

Exit mobile version