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Bolsonaro lamenta morte de Jô Soares apesar de ‘preferências ideológicas’

Presidente reconheceu que já recebeu "duras críticas" de Jô, mas afirmou que ele "sempre fez bom uso do direito de livre expressão"

O presidente Jair Bolsonaro, do PL, usou as redes sociais nesta sexta-feira (5) para lamentar a morte do artista e humorista Jô Soares aos 84 anos.

O chefe do Executivo reconheceu que já recebeu “duras críticas” de Jô, mas afirmou que ele “sempre fez bom uso do direito de livre expressão”.

“Independentemente de preferências ideológicas, Jô Soares foi uma grande personalidade brasileira que conquistou a todos com seu modo cômico de discutir assuntos profundos”, afirmou. “Ele deixa para o Brasil um exemplo de postura, elegância e bom humor.”

“No fim das contas, as divergências pouca diferença fazem na hora de nossa partida para perto de Deus. O que fica são as nossas obras, e Jô Soares deixa para o Brasil um exemplo de postura, elegância e bom humor, e, por isso, tem o meu respeito.”

A postura do mandatário agora destoa de outras situações em que ignorou a morte de personalidades do mundo cultural do país.

Bolsonaro não comentou, por exemplo, a passagem das cantoras Elza Soares e Beth Carvalho nem dos atores Tarcísio Meira e Eva Wilma.
Jô Soares era um crítico do mandatário. Desde que Bolsonaro chegou ao Palácio do Planalto, o humorista escreveu uma série de cartas abertas endereçadas ao presidente.

O humorista morreu na madrugada desta sexta-feira, no hospital Sírio Libanês, em São Paulo, aos 84 anos. A morte foi confirmada pela ex-mulher do artista, Flávia Pedras Soares nas redes sociais.

Por Matheus Teixeira 

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