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O que Kim Kardashian tem a ver com ex-diretor do Louvre acusado de tráfico de obras

A socialite estava com um vestido dourado brilhante, no mesmo tom da peça funerária

O ex-presidente do museu do Louvre em Paris Jean-Luc Martinez é um dos investigados em um caso de tráfico de obras de arte egípcias. O processo foi revelado na semana passada, mas o que pouco se sabia eram as origens das investigações, que remetem à celebridade americana Kim Kardashian.

Isso porque as acusações contra Martinez derivaram de outra investigação que surgiu em um escritório da promotoria do distrito de Manhattan, em Nova York, que estava investigando o roubo de um anel antigo.

De acordo com o jornal britânico The Guardian, o caso veio à tona após Kim Kardashian ser fotografada no Met Gala de 2018 –o festival ocorre no museu Metropolitan– ao lado do sarcófago de ouro de Nedjemankh, um sacerdote de alto escalão do deus egípcio com cabeça de carneiro. A socialite estava com um vestido dourado brilhante, no mesmo tom da peça funerária.

A foto na qual aparecia o caixão chegou ao promotor público assistente de Manhattan, Matthew Bogdanos, especialista em tráfico de antiguidades. Ele descobriu que o objeto, datado como provinente do século 1° a.C, foi vendido ao Metropolitan por cerca de US$ 4 milhões por meio de documentos falsos, em vez de ter sido exportado legalmente do Egito em 1971.

A investigação que se seguiu a esse caso investigou seis pessoas, incluindo Martinez, que dirigiu o museu do Louvre, em Paris, entre 2013 e 2021. Embaixador especial da França para a cooperação em patrimônio cultural, ele foi posto sob controle judicial.

“Aquela era uma rede de contrabando, embora muito bem organizada”, disse Bogdanos nesta semana ao Guardian. “Ela foi efetivamente desmantelada e agora estamos apenas recolhendo pessoas.” As últimas fases da investigação acontecem em meio ao aumento da atividade contra o tráfico internacional de antiguidades.

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