Chuva forte em Tóquio interrompe provas da manhã no Estádio Olímpico
Com chuva e vento forte, a organização dos Jogos chegou a interromper as provas de campo (como lançamentos ou saltos) e manteve apenas as disputas na pista
Depois de adiantar as finais de surfe e adiar regatas na vela, as condições climáticas também resolveram dar as caras nas provas de atletismo no Estádio Olímpico, em Tóquio.
Com chuva e vento forte, a organização dos Jogos chegou a interromper as provas de campo (como lançamentos ou saltos) e manteve apenas as disputas na pista.
No lançamento do disco, por exemplo, a brasileira Izabela da Silva, 26, chegou a fazer dois lançamentos antes da interrupção. Na volta, sua terceira tentativa foi inferior às anteriores e ela foi eliminada.
Izabela conseguiu como melhor marca 60,39 m, insuficiente para ficar entre as oito melhores que teriam direito a mais três tentativas.
Antes de o tempo piorar, o Brasil teve dia de eliminações nas pistas. Nos 200 m, Ana Carolina Azevedo e Vitória Rosa não conseguiram classificar em suas baterias.
Ana Carolina Azevedo terminou no quinto lugar. Na noite de domingo (1/8), horário de Brasília, ela fez o percurso em 23s20 –foi sua melhor marca no ano. A eliminatória foi vencida por Marie Josee-Lou, da Costa do Marfim, com 22s30.
Já Vitória Rosa ficou em sexto, com o tempo de 23s59. Após a eliminação, a velocista brasileira desabafou sobre a falta de patrocínio e a redução salarial em plena pandemia.
“Primeiramente posso dizer que estou muito feliz com a prova. Estamos numa pandemia, estou sem patrocinador, meu clube reduziu o meu salário e só a Marinha manteve o apoio. Independentemente das dificuldades a gente está aqui para tentar, estamos trabalhando para chegar a uma final e um dia o resultado vai vir”, afirmou.
“Eu estava treinando com dor. Durante o Sul-Americano, algumas pessoas da comissão técnica não acreditaram na minha lesão, que só foi confirmada numa ressonância quando eu voltei ao Brasil. Acharam que eu não queria competir, o que não é verdade. Tive que me tratar para estar aqui”, completou.
Sua bateria foi vencida por Chrsitine Mboma, da Namíbia, com 22s11.
SALTO EM DISTÂNCIA
O cubano Juan Miguel Echevarria liderou a final do salto em distância até a última tentativa de Miltiadis Tentoglou. No seu salto derradeiro, o grego igualou os 8m41 do adversário e, como pulou por último, ficou com a medalha de ouro.
Echevarria e seu compatriota Maykel Masso (8m21) poderiam fazer mais um salto, mas sentindo lesões, abriram mão, deixando o lugar mais alto do pódio para Tentoglou.
Com a pista já molhada, a holandesa Sifan Hassan ficou com o ouro nos 5.000 m. A fundista que nasceu na Etiópia fez o tempo de 14min36s79. A prata ficou com a queniana Helen Obiri (14min38s36), enquanto o bronze foi para a etíope Gudaf Tsegay (14min38s87).
Hassan já havia protagonizado uma cena curiosa no dia. Nas eliminatórias dos 1.500 m, ela caiu no meio da prova, o que a deixou em último lugar. No entanto, ela se levantou e teve tempo para ultrapassar todas as adversárias para vencer a bateria.
Hassan tenta ser a primeira atleta olímpica a vencer as provas dos 1.500 m, 5.000 m e 10.000 m nos Jogos.
Nos 3.000 m com obstáculos, o pódio foi inteiro africano, com o marroquino Soufiane El Bakkali conquistando o ouro. O etíope Lamecha Girma ficou com a prata e o queniano Benjamin Kigen terminou com o bronze.