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ONU afirma que mais de 8,5 mil crianças foram usadas como soldados em conflitos
Do Mais Brasília

ONU afirma que mais de 8,5 mil crianças foram usadas como soldados em conflitos

A maioria das violações em 2020 foi cometida na Somália, República Democrática do Congo, no Afeganistão, na Síria e no Iêmen

A Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou nessa segunda-feira (21/6) que, em 2020, mais de 8,5 mil crianças foram usadas como soldados em vários conflitos pelo mundo. Dessas, quase 2,7 mil foram mortas.

As informações são do relatório anual do secretário-geral da ONU, António Guterres e foram repassadas ao Conselho de Segurança da ONU. No documento, a abordagem revela a participação de crianças em conflitos e mostra um panorama sobre assassinatos, mutilações e abuso sexual, além da abdução ou recrutamento, negação de acesso a atendimento de saúde e ataques a escolas e hospitais.

O documento mostra que violações foram cometidas contra 19,37 mil crianças em 21 conflitos. A maioria das violações em 2020 foi cometida na Somália, República Democrática do Congo, no Afeganistão, na Síria e no Iêmen.

O relatório ainda inclui uma lista negra que tem a intenção de constranger as partes em conflitos, com a esperança de puni-las para implementar medidas de proteção a crianças. A lista tem sido objeto de polêmica, com diplomatas afirmando que a Arábia Saudita e Israel fizeram pressão nos últimos anos para ficar de fora dela.

Israel nunca figurou na lista, enquanto a coalizão militar liderada pelos sauditas foi removida da lista em 2020, anos após ter sido apontada e constrangida por causar mortes e ferir crianças no Iêmen.

Em uma iniciativa para atenuar as controvérsias em torno do relatório, a lista publicada em 2017 por Guterres foi dividida em duas categorias. Uma delas lista as partes que colocaram em vigor medidas para proteger crianças e a outra inclui partes que não tomaram nenhuma atitude.

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