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Vacina da Pfizer neutraliza ômicron com 3 doses, diz empresa

Laboratório vai manter esforços para desenvolver versão do imunizante para nova cepa

A BioNTech e a Pfizer informaram nesta quarta-feira (8/12) que três doses de sua vacina contra Covid-19 neutralizaram a variante ômicron do novo coronavírus em um teste de laboratório. Além disso, segundo as empresas, seria possível oferecer uma versão do imunizante para a nova cepa em março de 2022, caso seja necessário.

Na primeira declaração oficial dos fabricantes sobre a provável eficácia de sua injeção contra a nova cepa, eles disseram que duas doses da vacina resultaram em anticorpos neutralizantes significativamente mais baixos, mas que uma terceira dose de sua vacina aumentou os anticorpos neutralizantes por um fator de 25.

“Garantir que o maior número possível de pessoas esteja totalmente vacinado com as duas primeiras doses e com outra de reforço continua sendo a melhor forma para prevenir a disseminação do Covid-19”, disse o chefe da Pfizer, Albert Bourla, em comunicado.

Embora não se tenha certeza sobre sua necessidade, as empresas disseram que vão manter os esforços para desenvolver uma vacina voltada para a variante ômicron.

Mesmo que não haja dados confirmando o impacto da variante para os imunizantes atuais, alguns especialistas já afirmaram que existe um risco alto das vacinas perderem capacidade de proteção. Por isso, outros estudos estão sendo feitos para analisar se existe algum escape vacinal pela ômicron.

O presidente da Moderna, por exemplo, já indicou que a vacina do laboratório pode ser menos eficaz contra a variante. Segundo ele, a empresa pretende desenvolver uma nova dose específica para a ômicron até março de 2022.

Outra empresa preocupada com a nova variante é a Sinovac Biotech, responsável pela fabricação da vacina Coronavac. Nesta terça-feira (7/12), a farmacêutica afirmou que uma versão atualizada do imunizante contra a ômicron deve estar disponível em três meses.

Anteriormente, um estudo da África do Sul havia afirmado que a vacina da Pfizer protegia parcialmente contra a ômicron, mas a pesquisa ainda não havia sido revisada por outros cientistas.

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