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Reverendo confirma ter intermediado vacinas e reuniões com braço-direito de Pazuello

Mas o reverendo ressaltou que não estava negociando e apenas indicando

Em depoimento à CPI da Covid, o reverendo Amilton Gomes de Paula confirmou que atuou na intermediação de vacinas, por “razões humanitárias”.

Mas o reverendo ressaltou que não estava negociando e apenas indicando para o Ministério da Saúde quem poderia fornecer as imunizações.

O reverendo, fundador da Senah (Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários), disse que foi procurado pelo policial militar Luiz Paulo Dominghetti, que afirmou deter doses da AstraZeneca.

“As supostas vacinas chegaram até nós pelo senhor Luiz Paulo Dominghetti Pereira, afirmando atuar como representante de empresa americana”, disse o reverendo.

Amilton Gomes de Paula disse que o policial afirmou poder entregar as vacinas em oito dias, ao preço de US$ 3,5. Inicialmente, Dominghetti teria dito que se tratava da empresa Latinair.

Posteriormente, o policial militar mudou a apresentação e disse que representava a empresa Davati.

Ao ter contato com Dominghetti, o reverendo disse que escreveu um email para a Secretaria-executiva do Ministério da Saúde solicitando uma reunião. O primeiro encontro, no dia 2 de março, acabou não contando com a presença de Dominghetti, que alegou ter um problema com seu carro, e nem do então secretário-executivo, Elcio Franco.

Uma nova reunião, relata, teria acontecido no dia 12 de março, essa com a presença de Elcio Franco e outros membros do Ministério da Saúde.

O reverendo depois afirmou que as intenções suas e da Senah eram puramente humanitárias e que se decepcionou. “Fomos usados de maneira ardilosa para fins espúrios”, disse.

Texto: Rachel Lopes e Renato Machado

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