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FolhaPress

Ataque a tiros no metrô de Nova York deixa 16 feridos

Polícia busca um homem que estava usando máscara de gás e colete laranja

Ao menos dez pessoas foram baleadas e outras seis também ficaram feridas após um tiroteio em uma estação de metrô da região do Brooklyn, em Nova York, na manhã desta terça (12/4), de acordo com informações atualizadas das autoridades locais.

Durante entrevista coletiva, a governadora de Nova York, a democrata Kathy Hochul, afirmou que o incidente não está sendo investigado como um ato terrorista e informou que o suspeito ainda não foi localizado. “A tranquilidade e a normalidade foram rompidas por um indivíduo frio, que não se importou com aqueles que agrediu”, disse.

De acordo com a comissária do Departamento de Polícia de Nova York, Keechant Sewell, cinco dos feridos estão em estado grave, mas estável. Nenhum deles corre risco de morte, acrescentou.

A polícia busca um homem que estava usando máscara de gás e um colete laranja de construção. O suspeito, segundo uma porta-voz da polícia, é um homem negro de cerca de 1,65 m de altura e 81 kg. Ele seria corpulento e estaria usando roupa azul escura semelhante à de um trabalhador de trânsito.

Agentes foram chamados para atender uma ocorrência às 8h27, no horário local (9h27 em Brasília), segundo a porta-voz. Também houve relatos de que havia fumaça na estação -a polícia já afirmou, no Twitter, que não há explosivos ativos no local. No momento, investigadores tentam determinar qual a fonte da fumaça e por qual razão os explosivos não foram detonados durante o episódio.

A corporação também afirma que o suspeito teria atirado de dentro de um dos vagões do metrô. Vídeos postados nas redes sociais mostram passageiros em pânico saindo do trem para a plataforma.

Juliana Fonda, engenheira de transmissão da estação de rádio WNYC, disse ao site de notícias local Gothamist ter ouvidos tiros enquanto estava em um vagão próximo ao da ação. “A reação dos passageiros foi aterrorizante, porque eles estavam tentando entrar no nosso vagão devido a algo que estava acontecendo na parte de trás do trem”, disse ela. “Nenhum de nós na frente sabia o que estava acontecendo, mas as pessoas estavam batendo e olhando para trás, correndo, tentando entrar no trem.”

Ela acrescentou ter escutado “muitos estalos altos” e que havia fumaça em outro vagão do trem.
À Fox News Konrad Aderer, um passageiro, contou que estava na escada prestes a entrar na estação quando viu um homem com as pernas sangrando explicando o que havia acontecido a um trabalhador.

O incidente ocorreu na estação da Rua 36, no bairro de Sunset Park. Procurado, um porta-voz do prefeito de Nova York, o democrata Eric Adams, que está com Covid, disse que o líder da cidade está sendo atualizado da situação. “Enquanto reunimos mais informações, pedimos que fiquem longe dessa área, para sua segurança e para que os socorristas possam ajudar os que precisam.”

Mais tarde, Adams publicou nas redes sociais um pronunciamento gravado sobre o assunto. “Não vamos permitir que os nova-iorquinos sejam aterrorizados, mesmo que por um único indivíduo”, disse o prefeito. “A polícia está procurando o suspeito, e o acharemos, mas também pedimos ao público que comunique quaisquer informações que possa ajudar nas investigações.”

Segundo a porta-voz a Casa Branca, Jen Psaki, o presidente Joe Biden também foi informado sobre o incidente. De acordo com ela, uma equipe sênior da Presidência está em contato com o prefeito e com a comissária de polícia de Nova York, Keechant Sewell, “para oferecer qualquer assistência necessária”.

O número de tiroteios na metrópole cresceu neste ano, e o aumento nos crimes violentos com armas tem sido o foco de Adams desde que assumiu o cargo, em janeiro. Até 3 de abril, casos com tiros cresceram de 260 para 296 em comparação com o mesmo período de 2021, segundo o Departamento de Polícia.

O aumento ocorre depois de a violência armada atingir mínimos históricos em 2018 e 2019, e a cidade ainda permanece mais segura do que em anos anteriores. Mas à medida que os nova-iorquinos voltam à vida após as paralisações que marcaram a pandemia de coronavírus, muitos acharam a cidade mais perigosa do que quando a crise sanitária varreu Nova York, em março de 2020.

Adams, um ex-policial, procurou tranquilizar os moradores e fez do combate ao crime com armas um ponto central de sua gestão. Ele recentemente implantou sete novas unidades de polícia antiarmas e, no mês passado, o Departamento de Polícia começou a aplicar as chamadas questões de qualidade de vida, lembrando a adoção da cidade, no passado, do policiamento de “janelas quebradas” -a aplicação mais rigorosa de infrações, em um esforço para prevenir crimes mais graves.

O prefeito adotou uma abordagem semelhante no sistema de metrô, no qual as autoridades de trânsito vinham havia meses antes de seu mandato buscando mais ajuda no policiamento de trens e estações.
A polícia de Nova York alertou as pessoas para ficarem longe da área do incidente, conhecida por abrigar Chinatown e Industry City, um amplo distrito de armazéns que se tornou o lar de muitos negócios. A região também oferece uma vista para a Estátua da Liberdade.

A área ao redor da estação foi isolada. Na Quarta avenida, perto da Rua 35, dezenas de veículos da polícia se espalhavam por ao menos quatro quarteirões, e agentes bloquearam o trânsito enquanto moradores se acumulavam em pequenos grupos na calçada. Ao menos dois helicópteros sobrevoaram o local.

As autoridades de transporte também suspenderam o funcionamento de linhas inteiras do metrô ou, em alguns casos, de parte delas. Diversas escolas próximas ao local do tiroteio foram aconselhadas a deixar alunos e funcionários abrigados em seus prédios ou a fechar as portas para evitar a entrada de visitantes.

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